Quando o assunto é o tratamento da calvície, é comum surgirem várias dúvidas sobre os medicamentos disponíveis. A dutasterida e a finasterida são duas alternativas amplamente reconhecidas, cada uma com suas particularidades. Qual delas é mais eficaz? Quais são os efeitos colaterais associados a cada uma? Essas questões serão exploradas neste artigo, oferecendo uma análise mais ampla das diferenças entre esses dois tratamentos para a queda de cabelo.
Finasterida: um clássico no tratamento contra a queda capilar
Por ser o primeiro medicamento aprovado para tratar a queda de cabelo, a finasterida é mais conhecida pelo público em geral. Ela atua bloqueando a enzima 5-alfa-redutase tipo II, responsável por converter a testosterona em dihidrotestosterona (DHT). A DHT é um hormônio que contribui para a miniaturização dos folículos capilares, levando à perda de cabelo em áreas específicas, como a coroa e a linha frontal do cabelo.
Ao reduzir os níveis de DHT no couro cabeludo, a finasterida ajuda a retardar a progressão da queda de cabelo e, em alguns casos, até a promover o crescimento capilar em homens com calvície. Estudos clínicos demonstraram sua eficácia para a maioria dos pacientes que a utilizam.
Dutasterida: um medicamento que ainda gera receio?
Inicialmente utilizado para tratar condições relacionadas à próstata, como a hiperplasia prostática benigna (HPB), a dutasterida teve sua indicação expandida em 2021 pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para incluir o tratamento da calvície masculina.
A dutasterida inibe tanto a enzima 5-alfa-redutase tipo I quanto a tipo II. Ao bloquear a formação de DHT de forma mais eficaz do que outros medicamentos, ela pode reduzir a perda de cabelo e até mesmo estimular o crescimento capilar em homens com calvície, resultando em uma significativa melhora na densidade e na aparência do cabelo.
Sobre os efeitos colaterais
Ambos os medicamentos compartilham efeitos colaterais semelhantes, como diminuição da libido, mas é importante destacar que esses efeitos afetam apenas uma minoria dos pacientes (cerca de 1%). Lembrando que a automedicação pode aumentar significativamente esse risco, por isso é fundamental buscar a orientação de um médico especialista.
Afinal, qual medicamento é o melhor?
À primeira vista, a resposta mais assertiva parece ser a dutasterida, pois pesquisas indicam que sua eficácia é maior quando comparada à finasterida. No entanto, outros fatores precisam ser considerados, como a predisposição genética do paciente para cada um dos medicamentos, que pode ser medida através de um Teste Gnético Capilar realizado aqui na Clínica Pierezan. A escolha entre os dois medicamentos é uma decisão que deve ser cuidadosamente avaliada com base nas necessidades e condições de cada paciente.
Conclusão
A avaliação médica personalizada e o acompanhamento regular garantem um tratamento seguro e eficaz, adaptado às necessidades individuais de cada paciente. O cuidado com um profissional permite monitorar a resposta ao tratamento, ajustar a dosagem conforme necessário e identificar precocemente quaisquer efeitos colaterais. Portanto, ao seguir as orientações médicas, os pacientes podem alcançar resultados mais satisfatórios e minimizar os riscos associados ao uso desses medicamentos.
